Não leia. Você não quer saber. Nem eu.
Eu ainda me pego pensando em você. Quando penso em como gosto do toque da pele não vivida, quando sinto a alegria de caminhos que não existiram, quando a angústia de entender a sinceridade narcísica e cruel que pujava dos teus lábios me pega na esquina do pensamento, quando vislumbro os acidentes que a vida me trará. Me condeno, vitupero - Tira essa mulher da sua cabeça! Ela nunca mereceu! - num avanço rústico ao engano, aos dizeres fáceis para encontros homéricos. Eu ainda penso em você, mas não espere - da tua perspectiva julgatória - que seja algo digno de qualquer direção. É apenas minha consciência simbolizando a realidade, buscando grafismos para as sensações, entendendo que você era apenas você e que eu... bom, a mim fui necessário.