SPERARE
Suscetíveis a preconceitos e erros de nossa concepção mediada por incorreções sistemáticas, irracionalidade e inconsciência podemos afirmar o nosso predomínio racional?
As obliquidades intelectuais fazem parte do nosso feitio, independente de gênero, apesar de influenciadas pelo ponto de vista narrativo, não constituindo falhas de desenvolvimento humano, no entanto, com valor evolutivo íntimo em ações habituais da mente e destinadas a simplificar o mundo para que possamos agir, embora a tendenciosidade de confirmação seja capaz de conduzir à polarização no âmbito político, enquanto nos possibilita o livre arbítrio, tornando-se necessário a conscientização desses preconceitos e um nível de humildade mental para nos amparar contra essa prenoção que traz em si a demasia de confiança.
Cientes de nossas ambiguidades, podemos confiar na fidelidade de nossa habilidade em agir e nos comunicar racionalmente, com o propósito de reformar a coletivização da sociedade e a conciliação para reconstruir o núcleo normativo da governança liberal e criar uma democracia guiada pelo escrutínio popular?
É possível usar a razão para subjugar a propaganda do argumento racional das lógicas e práticas governamentais no clima político atual governando uma população fácil de manipular sem posições distintas sobre políticas públicas, na esperança de leis mais justas ou melhores, sem insistir num imaginário fixo e irrealizável para aferirmos em oposição ao presente, e atingirmos a igualdade material criando uma base da solidariedade social a fim realizar uma participação pariforme no ambiente público? Quem sabe um dia a razão periodicamente logrará sujeitar o poder e a propaganda!