Alma idosa
Parei para imaginar a minha luz, a minha alma e como me moldaria em forma humana para me representar.
E percebo uma contradição com meu vazio, no qual sempre aparecia uma garotinha no canto.
Em minha alma vejo uma idosa, calma, serena, imersa em seu próprio silêncio, cativara com as aventuras que já teve, cativada com a sabedoria.
Parece que ouvi um milhão de sermões de Buda e simplesmente estou à espera da hora na qual devo dar meu último suspiro para ir.
Não que minha luz esteja na hora de apagar, mas ela tem a sua hora de acender.
Dizer como me sinto velha em um corpo jovem não parece tão difícil, até me acalma de certa forma o coração.
É como se a cada palavra que escrevesse uma lágrima caísse em forma de verdade, em forma de carinho, de amor e proteção de eu para eu.
Do consciente ao inconsciente.
Da Meta para a física.