Caos
Com os olhos
marejados
De olhar tantas tristezas
Perdi o passo em leveza
Choro a dor de um mundo em caos...
Irmãos, sequer reconheço
Nem percebo a gentileza
Garça espantada por ventos
Que trazem a desolação...
Loucura faz o convite
Sem apontar direção
Diante do horror e assinte
Consente uma dispersão...
Não basta saber culpado
Nem da fraqueza e motivo
Nem pesar o resultado
Do retorno ao primitivo...
Verdade que apavora
Ao ver a realidade
É ver o mal que se arvora
Vestido de santidade.
Insanidade que atesta
O fim de antigo caminho
E que mais nada contesta
Morre como um passarinho.
Grande pesar o que resta
Caminho sem esperança
A tudo o que se atesta
Sem futuro e sem fiança.