Caos

Com os olhos

marejados

De olhar tantas tristezas

Perdi o passo em leveza

Choro a dor de um mundo em caos...

Irmãos, sequer reconheço

Nem percebo a gentileza

Garça espantada por ventos

Que trazem a desolação...

Loucura faz o convite

Sem apontar direção

Diante do horror e assinte

Consente uma dispersão...

Não basta saber culpado

Nem da fraqueza e motivo

Nem pesar o resultado

Do retorno ao primitivo...

Verdade que apavora

Ao ver a realidade

É ver o mal que se arvora

Vestido de santidade.

Insanidade que atesta

O fim de antigo caminho

E que mais nada contesta

Morre como um passarinho.

Grande pesar o que resta

Caminho sem esperança

A tudo o que se atesta

Sem futuro e sem fiança.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 26/11/2019
Código do texto: T6804065
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