O PALESTRANTE
A independência do pensamento e a atração da faculdade de avaliar, e do conhecimento se manifestam quando ponderamos sobre algo além de nossa perspectiva comum.
Entretanto, não se deve transgredir as fronteiras do pensamento e entrar no discurso do mito, pois, ambos, ao criticar a consciência do dia a dia e os saberes históricos são capazes de interromper o ritmo natural do progresso cultural sem terminá-lo.
Demais, existe o risco de cair no vazio perdido da mediocridade, deixando apenas transparecer que se está supostamente habilitado com alguma clareza súbita e se pode conversar consigo mesmo e as coisas.
É mais prático refletir e pensar cuidadosamente sobre a relação entre corpo e mente, para nosso relacionamento próprio e com os outros, e buscar adquirir a serenidade diante de nosso próprio destino.
É inútil e leviano ponderar sobre questões de profundidade sem o conhecimento sólido para articular as dimensões de cada particularidade, expondo apenas rodeios, sugestões e desperdiçando o tempo dos ouvintes.
Um certo falador popular, recentemente custou algumas centenas de reais para ouvi-lo mencionando estar próximo de estabelecer uma nova fundação conceitual para a movimentação orgânica e física, através da superação da separação de corpo e mente, de material e ideal, ou de realidade e princípios, dando a impressão de que havia desenvolvido a fórmula para substituir as bases do entendimento universal tradicional como uma unidade final da natureza. Resumindo, ele afirma uma objeção contra a generalidade empírica e lógica do conhecimento humano, portanto, ele se nega. O oportunista não tem limites!