COMO OS LÍRIOS DO CAMPO E AS AVES DO CÉU
É na dependência de Deus que, tal como os lírios do campo e as aves do céu com a toda a sua beleza e simplicidade, nos tornamos verdadeiramente livres e independentes não só para edificarmos e bem obrarmos com toda leveza de nosso ser, mas também para sermos o que verdadeiramente somos, numa demonstração de perfeita integridade e retidão de caráter em qualquer circunstância da vida. Por outro lado, é na crença de nossa autossuficiência mediante o dinheiro que temos ou, então, na aposta em nossa mera capacidade para resolver tantos problemas difíceis de serem resolvidos, que nos tornamos escravos e dependentes de uma situação arbitrária, a qual nos cinge com o peso de um profundo sofrimento. Do mesmo modo acontece com aquele que, não sendo rico, só se preocupa com o seu próprio sustento, ou melhor, só vive de preocupações e ansiedades com o que pode fazer no seu futuro para se suprir, de tal modo que age como se não houvesse nenhuma Soberana Providência que o pudesse prover de todo o necessário para a sua existência. Que sejamos, portanto, como as aves do céu, que vivem sem qualquer preocupação com o seu amanhã e, mesmo assim, são alimentadas pelo seu criador; e também como os lírios do campo que, mesmo não precisando trabalhar, são mantidas pelo Altíssimo que os provê de mais beleza, formosura e esplendor do que toda glória de Salomão!