VERDADEIRA OU FALSA JUSTIÇA!
Do ódio ou da paixão a consumir os olhos de quem aqui anda...
Oh! Quem dera se límpidos tod'hora o fossem!
Pela paz de que, por vezes se privam...
Pela razão de que às vezes se retira...
E, destarte, guiados como que por lanternas apagadas
[no escuro eis que caminham...
Ah! Quem somos nós sem nossos olhos?!
Porém, quereriam todos a que abertos os estivessem o tempo todo?
Ao que tenho minhas dúvidas!
Promotores rígidos... implacáveis e cruéis... a tantos
A que, na maior parte das vezes tão somos!
(Como se não cometêssemos os mesmos delitos... ou crimes)
Falta amor?... Empatia?... Compreensão?
Verdadeira ou falsa... justiça?
Advogados de defesa d'alguns... tão cegos ou, melhor se diria,
[tão tolos!
Na identificação a qu'então fazemos com quem não condenamos
Por quê?
Sê-lo-ia assim visto que os amamos, e, por isso, não os reprovamos?
Sobra amor?... Turva paixão?... Compaixão?
Verdadeira ou falsa... justiça?
Quer saber?
Quando não mais formos nem promotores, nem advogados de defesa,
[seremos, quem sabe, os melhores juízes do mundo!
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12 de novembro de 2019