11/11
No ano da recompensa tenho recolhido o que eu mais temia, o que mais me angustiava. Solidão, solitude. Duas palavras, quase a mesma sensação. Nunca estive tão calada. Parece que perdi algo. Talvez a inocência. O mundo já não é tão belo, nem tudo que queremos, força de vontade nos dará. Ciclos que iniciaram, precisam terminar, o resto da esperança que ainda existe em mim, tornam meu corpo uma podridão só. Não sinto alegria, não sinto paixão, desejos, apenas vivo, assim como uma máquina que preciso processar um alimento. Apenas existo.