Estou Prenhe

Estou Prenhe

O pôr-do-sol, uma luz flamejante desce sobre o meu horizonte

Dentro de mim há um inalcançável deserto,

Perdi em algum lugar, o que os homens chamam de paz.

Meu eterno buscar me veio com mais força que antes

Como um vulcão que dormira por milênios

É assim que ruge no fundo d”alma meu espírito inconstante,

As vezes penso que algo muito grande vai sair de dentro de mim.

Não pode ser outro poema, nem pode ser um livro novo

O que esperneia no meu ventre é algo assustador

Mesmo para quem ta acostumado dar à luz filhos estranhos

Mesmo para um espírito criador esta sensação é deveras incomum

Um período longo de gravidez produziu em mim

Ou alimentou dentro mim um ser bizarro.

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 03/10/2007
Reeditado em 03/10/2007
Código do texto: T679014