Estou Prenhe
Estou Prenhe
O pôr-do-sol, uma luz flamejante desce sobre o meu horizonte
Dentro de mim há um inalcançável deserto,
Perdi em algum lugar, o que os homens chamam de paz.
Meu eterno buscar me veio com mais força que antes
Como um vulcão que dormira por milênios
É assim que ruge no fundo d”alma meu espírito inconstante,
As vezes penso que algo muito grande vai sair de dentro de mim.
Não pode ser outro poema, nem pode ser um livro novo
O que esperneia no meu ventre é algo assustador
Mesmo para quem ta acostumado dar à luz filhos estranhos
Mesmo para um espírito criador esta sensação é deveras incomum
Um período longo de gravidez produziu em mim
Ou alimentou dentro mim um ser bizarro.