Maquinando fábulas sobre o amor

O tempo tem acobertado

As minhas experiências

Tem acobertado tantas setenças

Retirado de mim

A cada tica-tac

A cada Tac-tic

Esse meu jeito máquina

Esse jeito meio não liga pra

Flor que acabou de nascer

Esse jeito que não ri

Ao ver num cachorro correr

Ou um adulto dizer

Que ainda ama

Que queria gostar

Que queria se abrir

Que acredita em disco voa dor

Que queria aprender a rabiscar

A liberdade pausada

Ou que gostava de ficar

Sentado na escada

O tempo despe-me do jeito máquina

Deixa o joelho dizer

Que deve rezar

Que deve deitar na grama

E ver o céu

Te contemplar

Tu não és uma máquina

Tu não és uma fábula

Nem o personagem

No conto passado

De uma criança

Que só podia pensar em adulto ser

Um ser Adulterado

Sem contato com o amor

Sem contato com o respeito

Sem contato

Com tato

Tu não é

A soma da expressão

Que os número decidem formar

Que os números decidem dizer

Quem é cidadão

Tu não é

Máquina

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 28/10/2019
Reeditado em 28/10/2019
Código do texto: T6780927
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