Mantra
Eu te vi e tudo embaixo de mim sumiu.
Quando tu me tocou meu coração parecia que iria saltar da minha boca. As borboletas se estremeciam e se batiam cada vez mais no meu estômago.
Quado me puxastes eu não conseguia nem respirar, ou sequer, raciocinar.
No momento em que me tu abraçou, achei que era um sonho... Um amargo e belho sonho.
Este abraço que durou instantes, milésimos de segundos e eu queria congelar o tempo ali, mas me desvincilhei e disse para ti, para todos e para mim (talvez mais para mim): Eu não te amo mais. Eu não te quero mais; Eu não gosto mais de você.
Passaram-se semanas e estas afirmações viraram meu mantra. Todos os dias, no espelho ou olhando uma foto sua, "Eu não te amo mais. Eu não te quero mais; Eu não gosto mais de você.".
Entretanto, no momento em que te vi, tudo parou. No instante em que andava para me abraçar, minha mente gritava "Eu não te amo mais. Eu não te quero mais; Eu não gosto mais de você.", "Eu não te amo mais. Eu não te quero mais; Eu não gosto mais de você.","Eu não te amo mais. Eu não te quero mais; Eu não gosto mais de você."...
Meu coração batia a mil, meu sangue havia sumido das minhas veias e você me olhava no fundos dos meus olhos e o dentro de mim, eu mentalmente repetia e repetia o mantra. Diversas e continuas vezes.
"Eu não te amo mais. Eu não te quero mais; Eu não gosto mais de você.".
Para mim era a verdade. Tinha que ser verdade.
Bem lá, nos confins da minha desgraçada e misera alma eu sabia que mentia para todos, os outros amantes em minha cama, para você e para mim.
De fato, eu ainda te amo. Eu ainda te quero. Eu ainda gosto de você. Por uma miserável noite ou por semanas. bêbados ou sóbrios. Eu preciso e quero teu cheiro, teus beijos, teu toque, tua risada e teu sexo. Isso e tantas outras coisas suas.
E se alguém perguntar... "Eu não te amo mais. Eu não te quero mais; Eu não gosto mais de você.".