O VOTO DE ROSA WEBER
Voto "in lettera"
Um lenga - lenga completo
Quixotesco e inglório
Rosa espinhosamente
Clava sua sentença vergonhosa...
Transcreve em texto enfadonho,
Citando renomes da literatura,
Engodo puro, data vênia
Seu voto é cirúrgico.
Então, caberia a Cervantes
O fatídico entendimento,
Liberdade antes que tardia
Mesmo que a culpabilidade
Não permita a tal "alforria".
O tal marco normativo
Externado pela ministra,
Perpétua a impunidade
Favorecendo e protegendo o bandido.
Cita-se filósofos, poetas e seus pares juízes,
Inserindo glamour em pautas frias,
Barbaridade cometida
Voto tóxico contra a pátria.
Bandido bom, bandido solto,
Sentenciou a magistrada.
Rosa alega benevolência
Enquanto, trânsito em julgado
For presunção de inocência,
Mas, de quem jamais se declararia culpado?
Sejam eles corruptos, pedofilos, assassinos
Ou quem diria o próprio diabo.
Vale os termos definidos
Nos artigos e parágrafos.
_É o reu e nunca a vítima quem teve seus direitos violados.
Que as Rosas lhe perdoem
Neste dia tão fatídico,
Mudado o entendimento
Que trazia luz á escuridão
Reverbera o sofrimento
Que assolava está nação.
Quantos milhões em desalento
Neste teu voto proferido?