Limite

Tenho a sensação de que sempre fui como um reflexo na maioria das vidas das pessoas que passaram por mim. Um reflexo triste e cansado de um dia cheio demais, no qual a exaustão exala em olheiras profundas e arroxeadas. Um reflexo que não mais as cabe, e que por vezes, não as reflete verdadeiramente.

Sempre um reflexo e nunca eu. Eu não me conheço, não me lembro, não me tenho. Talvez eu seja o reflexo do meu reflexo. É um jogo de cintura no qual eu nunca ganho. Anseio profundamente para que eu possa ser e nunca mais estar.