SUPER-HERÓIS______________________________
Ah, que nada! Não quero ser super... em nada! Sou uma espécie de antecâmara cósmica com os sonhos em cartilagens e ossos! Ah, que mato toda a força que me vier querendo ser imbatível... Eu gosto dessa fragilidade humana, desse dia possível. É. Já fui ponte, muro, estrada, fortaleza... Agora só quero estar um pouco comigo e dentro do verso em que me posso fragilidade. Neste lugar de paz que me pertence para chorar, para sorrir, para dormir e acordar arrastada na minha preguiça. Não quero salvar mais nada e nem ninguém. Por enquanto não... Super-heróis me inspiram, sim... Mas caminho na contramão - de propósito -, tirei férias do mundo e até de mim! Ah, eu ando assim - em meu espaço ilha. Não. Não se trata de egoísmo, falta de empatia... É apenas um direito de não me escravizar em outros destinos. Gastei as solas dos meus sapatos em anos de trajetórias de terceiros. Ah, me deixa! Me deixa que eu quero ficar assim - rebelada -, nessa aderência teimosa na cadeira. Cada um que responda por si e se resolva. E se, por vezes, eu me ausentar contrastando com a força que espera, é porque jazo ao pé de mim mesma - humana, em construção -. E se pela minha fraqueza tu resmunga, ora bolas! Está mais do que na hora de não se espalhar à beira de mim. Não jogue para mim a responsabilidade pelo falecimento das tuas forças.