Marielle e Santiago Andrade. Cálculo político. Fingimento histérico.
A tragédia que matou Marielle, do PSOL, me fez lembrar a que, em 2014, matou Santiago Andrade, cinegrafista da TV Bandeirante. Tão logo apareceu o cadáver dele, a mídia jogou a culpa pelo crime no colo da polícia, antes, mesmo, de uma investigação. E não foram necessários muitos dias para se conhecer a verdade: dois arruaceiros (que a mídia gosta de chamar de manifestantes) lançaram o rojão que vitimou Santiago Andrade.
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Assassinaram a Marielle, do PSOL, e antes das investigações, apontaram a política como culpada. Cá entre nós: existe, neste mundo de Deus, alguém que acredite, piamente, que todo o auê em torno da morte de Marielle nasce do sincero desejo de buscar-se a justiça, de um sentimento de amor pela pessoa humana? A indignação que se vê, aquela que a exibem políticos, artistas, intelectuais, todos defensores de ideais liberticidas, é inautêntica, fruto de cálculo político.
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Toda a comoção midiática em torno do assassinato de Marielle Franco, do PSOL, não passa de fingimento histérico.
E não se pode negar: políticos de mentalidade revolucionária (do PSOL e outros) e Globo e artistas e intelectuais usaram a tragédia com fins políticos.
Escritos em 19 de março de 2018.