Não sei o que vou fazer quando envelhecer, mas confesso que tenho medo do mar violento em que colocarei meu barquinho furado. Não que não o tenha dado o valor necessário enquanto ele me trazia, mas quem conduz, não tem muito tempo para apreciar a si. A parte mecânica está em dia, "checkup" de tempo em tempo, orientações seguidas à risca. Mas a estética é meu "Calcanhar de Aquiles". E em tempos de amores líquidos, e se me faltar dinheiro (em barco furado a água é inevitável), decerto serei órfã da descendência com direito à sentença com pena (sem compaixão) de morte.