Pensamentos adoecidos
Às vezes, gostaria de ter mais paciência para pensar sobre a vida. Mais estômago, sabe? Mas, pensar demais, por vezes faz mal. Me pergunto se um estado de alienação, por vezes, é benéfico.
Questões mal resolvidas, gargalos abertos, peças que não encaixam... E que repercutem no hoje, nas relações cotidianas, nos pensamentos excessivos de futuro. E doem. E, por favor, não me venha com a ladainha de "Você precisa parar de pensar demais. Viva o hoje! Você... Você... Você... E blá, blá, blá...". Isso tudo eu já sei.
Mas acontece incontrolavelmente.
Tenho noção do quanto isso me afeta e negativamente.
Confiar nos demais é difícil, quando se tem excesso de passado em si.
Hoje me encontro querendo entender se permanecer em determinadas relações é benéfico. Não porque as outras pessoas são ruins, mas porque estou num estágio de não controlar os meus monstros. e não vejo os outros dispostos a estender a mão também.
É difícil se doar demais e não receber isso em troca quando se precisa. e não trata-se de egoísmo, antes que me acusem. Se trata de reciprocidade. Relações não reciprocas, maltratam.
Existem nós na minha garganta, pesos no meu estômago e redemoinhos na minha mente.
Estou sentado, num banquinho, com a mão no queixo, , assistindo a tudo e sentindo os efeitos.
Decisões são tão difíceis. Ou seria nós que dificultamos? Não sei. A certeza é que estou assim, nesse estado em que as coisas são aumentadas, tomam formas e não controlo.
Mas eu quero sair disso.