Vestibular
Há na vida de muitos jovens e alguns adultos um período onde cada segundo é vital. Onde cada palavra, questão, exercício, redação e aula é indispensável.
Um espaço de tempo que muitas vezes não parece existir, pois a vida se resume à uma avaliação.
Se não bastasse a carga de conteúdo baseada em um sistema educacional falido, no qual decorar é mais vantajoso que aprender, há um pressão familiar e social por trás do indivíduo.
Não é "balela", é coisa séria. O atual sistema de entrada em universidades no Brasil é o espelho de como o processo educacional é delirante. São tantos conteúdos, inúmeras fórmulas, infinitas regras e incansáveis decorebas.
Um processo que não avalia se o indivíduo possui habilidade - ou não, para determinada área. Pelo contrário, coloca-se todos discentes, com trajetórias educacionais imensamente heterogêneas dentro de uma mesma operação.
Diante disso, pode-se entender o fato de tantos jovens deprimirem, desenvolverem ansiedade, desmotivarem, desistirem e escolher caminhos mais fáceis. O sistema é bruto sim.
Não, não é normal o cidadão ter que estudar 12, 13... horas por dia e ser pressionado por rankings, simulados, família e amigos...
Somos seres diferentes, com contextos socioculturais diversos, com evolução educacional distinta, com ideias heterogêneas. Não é uma prova que define a inteligência ou a habilidade do cidadão para determinada área.
E não é somente o vestibular, a vida fora dos cursinhos é repleta de mazelas, contradições e dificuldades.
Não julgue seu conhecido/familiar por estar 3, 4 anos em pré-vestibular, o problema, definitivamente, não está nele.