DESAPRENDIZADO_________________________________
Porque era para ela muito evidente a desimportância dos mesmos corredores e a fila de lâmpadas por onde sequer pestaneja uma janela, os sorrisos em linhas trêmulas, o que junto a ela acumulam-se fórmulas e padrões. É um desaprendizado constante - imunizada -. Estanca o passo quando o caminho engole a seco a poesia.
Fez-se desconstruída, veio à tona do verso habituado às coisas mais improváveis. Oscilava - primitiva - à superfície do mundo.
Saltou de si mesma, à deriva, e ao mesmo tempo, não tem para si a certeza de um só dia. Nada lhe pertence! E distancia-se do que lhe impõe ser algo como um ponteiro inflingido pelo ruído da engrenagem metódica.