Ideal

Ao lermos a história do nascimento de Jesus em uma leitura profunda percebemos mais um grande ensinamento e sinal do grande amor de Deus por nós.

Deus nada faz na história do mundo onde não exista um grande direcionamento ao ser humano ao eterno que é Ele próprio.

Questionamos aqui o sentido e forma da encarnação do verbo pelo Espírito Santo no ventre da virgem Maria.

Sendo Deus onipotente, onisciente, criador de todas as coisas, fonte criadoras com poder de dar a vida humana, de moldar toda criação de forma perfeita. Por que vir ao mundo se encarnando no seio da virgem Maria como uma simples criança? Detendo o poder de apenas um pensamento podendo remodelar todo ser vivente, detendo o poder de apenas por um estalar de dedos de materializar como homem e assumir a profissão de rei supremo de toda humanidade. Porém Ele nos vem através do ventre de Maria e se submete a todo processo normal de formação de humana da época.

É complexo para o ser humano neste momento compreender esta forma de Deus agir, pois a humanidade, os filhos de Israel esperavam na verdade que surgisse da descendência de Rei David um poderoso Rei que jogaria por terra a força de o exército de governos opressores. Era essa a grande expectativa, que surgisse um Salvador que tudo conquistaria pelo poder e força.

De repente naquele pequeno povoado de Nazaré, através de uma jovem virgem com Deus aproximados quinze anos o Espírito Santo fecunda e gera o verbo encarnado. DEUS feito criança, já correndo pela forma do acontecido, o risco da rejeição de José o carpinteiro. Homem já mais velho que vê sua noiva aparece grávida ser que ele a tivesse tocado. Como aceitar essa realidade que vinha desde o início contrariando as esperanças.

Jesus, Deus feito homem escolhe um estábulo, sem conforto para ali Maria dar à luz e é posto em uma manjedoura, recipiente onde se colocava os alimentos dos animais.

Donde conceber humanamente o Rei, o dono de tudo, o salvador de toda humanidade vir ao mundo de uma forma tão desprovida de conforto e honrarias.

Detalhes muito interessantes aqui não podem ser esquecidos que confirma o a chegada do messias, mas somente aqueles que esperavam no Deus verdadeiro foram capazes de enxergar e reconhecer os sinais da vida verdadeira que ali brotava. Em primeiro São José que acolhe a Maria por sua esposa, por acreditar na revelação que o anjo lhe faz em sonho, depois temos os pastores que por ali lidavam pela vida e recebem também o anúncio do anjo e prontamente se põe a adorar o Rei da vida e os presentes que os três Réus magos vem a trazer para o Rei que acaba de nascer, depois de pôr dias terem seguindo o sinal da estrela que os guiou as portas do Palácio real em que se transformará aquele estábulo.

Em cada um destes momentos podemos sentir o início da missão salvífica que brota da manjedoura.

Difícil entender como em Seus primeiros dias de vida já é perseguido, obrigado a fugir da maldade humana que ao longo da história é alimentada pelo poder de Satanás.

Mesmo assim cumpri os preceitos da época, é apresentado no templo onde Simeão e Ana o reconhecem e manifestam a Graça de tão grande encontro.

Jesus, Deus feito homem passa então a viver uma vida comum, sem ostentações, na simplicidade, aprende a profissão do pai adotivo São José na carpintaria, sempre cuidarão e acompanhado por sua mãe. Tem amigos parentes, têm uma identidade humana bem firmada nas raízes de sua família. Uma criança comum, um jovem comum de onde surge um homem comum igual a todo homem menos no pecado.

Durante o recenseamento realizado que ocorreu na Galileia, Jesus aí já com Deus doze anos se separa pela primeira vez por três dias de seus pais terrenos, é reencontrado em reunião com os doutores da lei da época discorrendo com sabedoria sobre as escrituras.

De Deus 12 anos, não temos nenhum relato de sua vida por um longo tempo. Só voltamos a ter relatos na bíblia sobre Jesus aos seus trinta anos. Onde ele inicia sua peregrinação pela terra junto com os Seus doze companheiros a quem Ele escolheu pessoalmente segundo seu coração.

Podemos perceber que Cristo quis viver uma vida comum, quis conhecer o caráter humano, os sofrimentos humanos, a dor humana, o pecado humano e desse meio de convivência aprendendo com as mazelas humanas, superando sem ansiedade, sem deixar e deprimir, buscando ao que sentimos em seus três anos de pregação preparar uma linguagem simples, uma forma de mostrar utilizando as coisas do cotidiano, uma linguagem baseada no amor pela vida.

Naquela época o indivíduo atingia a maior idade aos doze anos; com esta idade se torna pessoa capaz de gerar sua família, torna se imutável legalmente, mas não emancipado; deveria respeito e obediência ao pai até os trinta anos onde teria total emancipação e reconhecido sua capacidade e qualidade para se tornar chefe de família.

Cristo aproveita este tempo como um aluno na escola da vida humana aí sim aos trinta anos começa sua jornada, assume sua posição como doador de vida. Aquele capaz de gerar a vida humana em seu amor.

Cristo vive os três anos de evangelização, de anúncio do Reino, de propagação da Boa nova, mostrando a humanidade como simplesmente o amor é o único caminho que proporciona vida verdadeira, vida plena na eternidade de Deus.

Muitos hoje acham que são donos do mundo e por vezes querem ser mais rápidos que o próprio tempo convencionado pelo homem.

O próprio Deus feito homem, quis submeter se como criatura, nascendo no seio de uma família, vivendo os momentos de transformação com naturalidade; foi criança, foi adolescente, foi jovem, se torna homem, sempre buscando nos mostrar o mais belo lado do sentido de ser verdadeira humano; ser a imagem e semelhança de Deus.

Cristo Deus feito homem, quis ter um pai, mesmo que adotivo, quis ter uma mãe um ventre que gerou e através das coisas simples da vida nos mostra o caminho para o alto.

Precisamos aqui perceber que nosso caminho de conversão a Deus nasce conosco, pois Deus já nos mostra a direção e vai se amadurecendo no dia a dia ao longo de nossa história.

Nossa conversão é uma realidade que acontece quando aceitamos viver nossa história com o coração, olhar, sentido voltados a Deus. Aí dia a dia estamos em processo de conversão, em processo contínuo de encontro com o eterno que é Deus.

Não importa onde tenhamos chegado hoje, não importa o geral de sabedoria, de inteligência, não importa a perfeição que imaginamos ter, ainda não estamos prontos.

Por melhor que nos achemos a única certeza que podemos ter e que a cada instante podemos melhorar a cada instante podemos nos achegar mais ao perfeito que é o próprio Deus eterno, e só quando fecharmos nossos olhos humanos neste corpo passageiro e que a obra será completa pela perfeição seu Deus.

Por enquanto existimos, mas um dia estaremos junto a Deus que vem a nós por toda eternidade tem buscado com seu amor elevar os a deixar de existir como existimos e passarmos a ser no eterno de Deus que é o único que tem o poder glória de Divindade de olhar em disso a olhos e se afirmar.

EU SOU O QUE SOU.

Deus de amor que vem a nós para nos construir em seu amor.

Eduardo Batista Silva