O Horizonte
Sinto o calor do sol em meu rosto
Inexplicavelmente refrescante, estimulante, revitalizante...
Meus olhos não suportam admirar seu brilho
Mas sabem que ele está presente; pelo seu calor, pela sua exaltável magnitude...
Seu calor torna-se, então, insuportável, queima-me a pele,
Mas não me atrevo a contrair um músculo sequer...
Permaneço ali, estática, olhos ao horizonte, a procurar uma força maior.
Depois de longas horas, o Sol parece desistir...
E vai despedindo-se, convocando a Lua e as estrelas, damas da noite, que reinam com explendor.
Continuo imóvel, enquanto o Sol, deixando o alto, fita-me os olhos e deseja-me sorte!
As cores se misturam no céu, como num grande baile... Envolvem o Sol e dominam as nuvens.
Nem as maravilhosas cores pintadas no céu me emocionam, apenas me enfraquecem... Me deixam tola e incoerente.
Entristecidas, as cores se ofuscam... Perdem o brilho e a escuridão sobressai...
Vejo as primeiras estrelas surgirem e com elas, meu desespero...
São tantas as estrelas e o Sol solitário; são tantas pessoas e eu, também só!
Tudo me parece ser tão imenso à luz da Lua... Sempre romântica e delicada, diferente de mim, pobre humana com minhas fraquezas tão aparentes...
Indigno-me com tal conformismo adotado pela Lua e Sol, astros soberanos, porém distintos e distantes...
Tal como o meu destino... Amar sem o meu amado é muito além de amar... E esse amar torna-se loucura...
A angustia me domina completamente. Ao ver a Lua com os olhos marejados a observar o Sol, que com seus olhos chorosos, parece tomar a Lua em seus braços por aqueles eternos segundos...
Desmorono em um pranto inconsolável.
Estou só, apenas tenho minhas lágrimas, e tudo o que mais desejo é desfrutar, assim como o Sol e a Lua, de uns poucos segundos ao lado do meu grande amor...
A olhar seus olhos e deixar-me cair em teus braços!!!
By Jhey Susany