Sobre a morte
Na pastosidade dos últimos dias,
buscamos e trazemos à baila
memórias quase perdidas.
Os insights surgem,
sem muita coerência temporal,
desvinculados da lógica racional.
Está tudo apenas dentro de nós,
brotando, jorrando
em reminiscências vividas,
não ditas oportunamente,
talvez, mas gravadas,
necessitando visitar os amigos,
familiares, os desafetos.
Um diálogo inacabado?
Um pedido de perdão?
Uma declaração de amor,
confissão de pecados,
a revelação de segredos?
Perguntas que a morte silencia,
mas que nos ressignificam
o sentido do agora.