Sobre a morte

Na pastosidade dos últimos dias,

buscamos e trazemos à baila

memórias quase perdidas.

Os insights surgem,

sem muita coerência temporal,

desvinculados da lógica racional.

Está tudo apenas dentro de nós,

brotando, jorrando

em reminiscências vividas,

não ditas oportunamente,

talvez, mas gravadas,

necessitando visitar os amigos,

familiares, os desafetos.

Um diálogo inacabado?

Um pedido de perdão?

Uma declaração de amor,

confissão de pecados,

a revelação de segredos?

Perguntas que a morte silencia,

mas que nos ressignificam

o sentido do agora.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 21/09/2019
Código do texto: T6750165
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