A noite, eu, a solidão, a música e a chuva
Hoje me abracei, me senti. Me fechei em mim e me amei.
Primeiro ao acordar, decidi que não faria muita coisa no dia. Na verdade decidi que faria muito o que a muito não fazia.
Troquei uma parte das minhas economias em prazer. Decidi trazer algo novo aos meus dias e me deliciar com uma comida que sempre me deixa bem.
Fui ao lugar que vou todos os dias e algo desequilibrou meu emocional que eu mantinha intacto todo o dia.
Até que anoiteceu e me convidei a dançar, mais uma vez, sob a chuva e uma lua vermelha, ao som das minhas músicas favoritas. Então chorei.
A noite, eu, a solidão, a música e a chuva. Essa foi a poesia do meu dia.
Me entreguei a solidão e resgatei minha energia. Me arrisquei aqui a escrever algo, mas tais palavras ainda continuam insuficientes para descrever o que sinto.
Hoje eu percebi como a vida se encaixa em estrofes aterrorizantes e melancólicas, sendo ela a poesia mais indecifrável já produzida.
Mas hoje, apenas Hoje, fico feliz em não conseguir tornar meu sentimento visível. Me faço sentir o que a muito não sentia e aceitar que tudo isso deve ser mostrado só a mim.
Aos outros, deixo apenas uma fria amostra do que vivi hoje, desejando que um dia essa chama que acendeu em mim acenda em vocês.
Boa noite, a você, a sua solidão e a sua poesia.