PARADOXAL VIDA
Multicores a se expandir no complexo afresco... do mundo
Qual pêndulo a se oscilar... entre afagos e golpes da vida
Daquela que nem sempre compreendida s'é
E, por isso, não é tanto aceita
E quem aqui deveras conhece integralmente sua lei?
Dos embaçados olhos a que confusos s'estão pelo que veem
A que lhe oferecidos são os cálices de ambos vinhos... doce e amargo
Pelas mãos da sagrada vida
[a que não aceita de nossa parte... nenhuma desfeita!
A vida em seus paradoxos!
Ou seria, quem sabe, vista por nossos discriminativos olhos?
Nascer e morrer!
Ganhar e perder
Rir e prantear
E assim s'é... todos os dias... todos os anos... todo o tempo
Vitais contrários!
Como o findar d'um torneio de futebol
Em que uma torcida festeja aos brados a vitória de seu time
Enquanto a outra chora e lamenta a derrota do seu
E assim eis também nest'hora:
Uma família a se alegrar pelo nascimento do filho numa maternidade
Enquanto outra a s'estar nest'instante num velório,
[a pratear por seu querido ente... que hoje partiu
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15 de setembro de 2019