Do amor

Dizem que os únicos que falam mal do amor foram aqueles que não tiveram reciprocidade, logo, não teriam credibilidade. Eu discordo.

O amor, por si só, é o sentimento mais mesquinho e egoísta existente. Visa apenas o bem pessoal e a consumação de um sentimento egoísta. Como no amor nunca é pensado na coletividade, mas sempre no eu, não tem outro fim senão a ruína, pois o consenso de bem coletivo, que existe apenas quando está agradando em sua totalidade ambas as partes, não pode durar muito tempo, visto que em uma relação qualquer sempre haverá conflitos.

Vocês devem estar pensando, “esse ai já levou um pé na bunda”. Sim, já. Exatamente devido a esse fato eu tenho credibilidade para abordar tal assunto, pois assim eu possuo apenas o lado negativo da situação, que é eminente em qualquer relação, e agora já o tendo passado e estando fora da situação, eu possuo maior poder de análise do que alguém que está envolvida com tal sentimento, ou já esteve de forma positiva, tendo inclinação para exalta-lo. Talvez vocês pensem, “mas você tem inclinação para denegri-lo”. Sim, tenho. Mas como dito por Arthur Schopenhauer, um cara realmente foda, “o sofrimento é verdadeiro, a felicidade é ilusão”. Estamos constantemente buscando a felicidade, pois nosso sentimento constante é o de sofrimento. A felicidade é momentânea, ilusória, somos felizes por um curto espaço de tempo, sendo a maior parte de nossas vidas sofrimento. Isso de deve ao fato de buscarmos felicidade em coisas mundanas e sem sentido, como por exemplo o amor.

E como dizia o poeta, “hoje eu sei que ninguém é feliz tendo amado uma vez.