NO ABSURDO OU NA GRAÇA?
O maior absurdo da existência humana não é tanto o homem se dizer ateu, cético ou agnóstico, o que não deixa de ser um risco e um perigo para a espiritualidade que só existe mediante a fé e a transcendência no amor Soberano do Eterno. O maior absurdo que podemos presenciar é, antes, ver seres humanos que se dizem crentes no Divino e no amor de Cristo semearem e arquitetarem contendas, porfias, mentiras, calúnias, intrigas, depreciações, traições, sem falar de muitas outras condutas abomináveis em nome de suas próprias vaidades. Tais práticas, que só podem partir de pessoas hipócritas e sem coração, só envergonham, evidentemente, o nome daquele que nos amou incondicionalmente desde a fundação do mundo. De que adianta afirmar Cristo com a língua e depois negá-lo com o coração através de gestos perversos com o seu semelhante? Se procurarmos refletir sobre a nossa condição de seres decaídos, chegaremos ao entendimento de que o triunfo sobre nossos absurdos só pode ser alcançado quando reconhecemos a necessidade que temos da luz da graça de Deus para resplandecer uma chama de amor no nada que somos. Somente com essa reverência e humildade é que, definitivamente, poderemos sair de nossa miséria existencial para enfim alcançarmos o mais elevado cume da redenção Divinal.