Precipitações na interpretação acerca do significado da docência
Paulo Freire disse : " quando a educação não é libertadora o sonho do oprimido é ser o opressor..."
Não precisa oprimir, nem confundir disciplina com opressão, então não precisa doutrinar, só estabelecer regras, parâmetros válidos para docente e discente, o primeiro dando o exemplo, o segundo seguirá . A sociedade e o Estado Democrático de direito são permeados por leis, quanto mais proximal for a relação disciplinar que existe nesse âmbito menos sofrimento adaptativo o indivíduo terá ao transitar da esfera educativa para o convívio civil. Ou será que estou errado nessa lógica?
O mestre promove o "agogê" , com o papel de emancipar seu aluno, os melhores mestres que tive e os que ainda tenho, fizeram e fazem isso muito bem! ( E não estou falando só do meu percurso acadêmico...)
Eu , por minha vez quero que o aluno se sinta responsável ao passo que adquire mais conhecimento, isso é autonomia, isso é libertador.
Vejo muitas confusões sobre a interpretação dessa frase de Paulo Freire, é lamentável que muitos docentes tenham entendido que não se deve cobrar nada do aluno, que não se deve tão pouco avaliar os conhecimentos e competências que o indivíduo adquire , achando que se está oprimindo.
Há até docentes que abandonaram sua própria responsabilidade e não se importam com o itinerário de seus discentes. A indiferença chega a ser pior até que a rigidez, porque desorienta, desestimula, cria irresponsáveis e inconsequentes.
Sem o senso de responsabilidade, sem a articulação ativa do conhecimento, sem simulação, repetição e testes , não se faz peritos, não se formam especialistas, não se edificam técnicos, não se emancipam pessoas !
Gratidão aos professores que tenho! E espero sempre ter o privilégio de seguir como um aprendiz na vida!
Rafael Lustosa Ribeiro