FAGULHA NO PALHEIRO: 'JESTO SOCIAL'
Como seres grupais, geralmente, regulamos nossas atitudes mediante ao meio do qual estamos inseridos. Todos condenam violência, todos condenam racismo, e todos abominam a maldade.
Porém, caro leitor, te convido à seguinte reflexão: todos podem condenar, e tais objetos de condenação ecoarão pelas paredes da moral social, suprimindo eventuais pulsões - como diriam os dentistas, '9 em cada 10 aprovam'. Agora, o que aconteceria se alguém com forte influência - aquele 1 em cada 10 do exemplo anterior - neste grupo social colocasse em cheque a condenação à violência, racismo e afins?
Sim, os seres com pulsões latentes para tais atitudes teriam representatividade social, e assim, cada um forneceria apoio mútuo aos que possuem resquícios semelhantes, trazendo assim legitimação ao que era condenável no primeiro grupo, do qual este segundo também se enquadrou - contra desejo interno - no passado; podendo ainda, transformar os tais ' 1 entre 10' em '4 entre 10'; é quase uma virose, contagiosa e crescente, graças ao 'dom' de converter verdades absolutas em mentiras confortáveis; como também, ao comportamento grupal.
O tal gesto empático fora exonerado, tornou-se quase um Frankstein aceito socialmente, agora se lê 'jesto'. O que era correto, tornou-se obsoleto, antiquado ao presente atraso que estamos presenciando. Graças a Sombra latente, 'gesto' se transformara em algo imoral, substituível... questionável. A legitimação pode levar com que outras variantes sejam aceitas. Por que não escrever 'jeztu' e obrigar sua adesão aos dicionários nacionais? Novilíngua nunca esteve tão próxima da realidade. No tocante a não aceitação, é só exonerar esse tal de Aurélio, taokey?!