Preparei-me tanto
Para a batalha da vida
Treinei tanto para não perder
Era um soldado com preparo para vencer.
No campo de batalha
Esquadrinhei cada milímetro
Estudei cada oponente
Como se fora "Eu", o onipotente.
Mas, marchei peito para frente!
Cabeça erguida
Tolices encarceradas
No quepe da demência e inconseqüência.
Os anos se passaram
Da criança que eu era
Restou o soldadinho de chumbo
Adolescente, perambulando pelo mundo.
Que distância ecoa tal um bumbo
Que vácuo tremendo ficou
Entre o soldadinho de chumbo
E o homem que hoje sou.
Nesse ínterim, não me lembro;
Ter lutado
E quando lutei perdi para o adversário
Pois, para esse eu não havia me preparado.
Longos anos perdidos
De vida por ser vivida
Entre
A droga
A vida
A sorte
A morte!
Hoje luto para resgatar
O jovem e bravo soldado
Que ficou no passado...
Passado ficou de luto.
Viver o presente sem
Aquele meu “Eu” que não viveu
IMPOSSÌVEL
Ressuscitar o soldado “Eu”
Que morreu lutando para a morte.
Sei...
É algo antagônico e sem norte
Mas tem sido minha sorte
Para vislumbrar um futuro
De vida e amor puro.
Não, não...
De forma nenhuma_____ Lamento...
Lamentaria, eu, a própria sorte?
Só não deixarei o meu “Eu” soldado
Preso ao passado de morte.
Por isso tenho buscado em Deus
Forças para fazer parte do "Seu exército"
E numa missão suicida resgatar meu “Eu”
Que tenho certeza não morreu
Pois nunca viveu.
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