NÃO SEI NADA DO QUE É JUSTIÇA

Poderia ter desistido no dia em que a Justiça sentenciou “culpa recíproca”

Quando a Reclamante provou claramente que fora demitida “por justa causa”

Sem sequer ter havido a existência “dela”,

Poderia ter desistido no dia em que a Justiça sentenciou alto percentual de pensão alimentícia,

Quando foi provado que o devedor tinha rendimentos insuficientes ao arbítrio da Justiça!

Poderia ter desistido, quando a Justiça me impediu de defender o hipossuficiente

Alegando “falta de defesa”, MENTIRA!

Poderia ter desistido, quando a Justiça tirou o direito de uma trabalhadora

Em receber seu real salário dentro do mínimo possível,

Quando seu filho ainda estava gerando...

Poderia ter desistido, quando a Justiça tirou o direito de uma mãe

Reclamar o abuso sexual em face de seu filho,

Poderia ter desistido quando a Juíza alterou sua decisão

No retorno de férias,

Ela proferiu nova sentença, alegando litigiosidade

Ela não conheceu e nem viveu a verdade do menor atingido

Pela negligência de sua temperança

Poderia ter desistido, quando a Justiça diante de sua morosidade

Negou o direito do pai em demonstrar sua real impossibilidade,

Criando ódio no requerente ativo, que nunca mais, verá seu pai como deveria ver, além de um mero devedor,

Poderia ter desistido, quando diante da situação do devedor

vi a Justiça lhe decretar a prisão...

Poderia ter desistido quando a Justiça

Negou o direito de uma mulher acidentada de receber seu auxilio doença

Alegando aptidão ao trabalho,

Poderia ter desistido quando o Perito subtraiu a aposentadoria de uma mulher que havia sofrido um desgaste ósseo e neurológico em razão da poliomielite, tendo adquirido a SÍNDROME PÓS PÓLIO...

Poderia ter desistido de tudo,

Mas, estou aqui,

Não vou desistir,

Não sei até quando,

Mas, quero continuar lutando

Contra esta JUSTIÇA CEGA,

Contra este (a) Juiz (a)

Que não se levanta de sua cadeira

Para viver a desgraça do cidadão

Que se socorre de sua decisão

e se encontra com uma JUSTIÇA

INJUSTA, SUA PERFEIÇÃO!

Ganhei tempo para rever meus caprichos, minhas falhas, meus fracassos,

Ganhei tempo para entender que não há advogado bom ou ruim

Há decisões que entram em conflito com a própria verdade,

Há Juízes que atuam dentro de seus interesses

Ignorando a verdade da família e o bem do cidadão,

O formalismo, ainda prevalece:

Ainda existe o lado da mesa em que se senta

As palavras que são engolidas sob o poder do Imperioso do Juiz (a),

Não sei quantas vezes irei dormir pensando nas causas que poderia ter enfrentado com mais força,

Não sei quantas vezes falhei como advogada,

Mas tenho total certeza de que o maior Juízo da causa

Está além do que julgamos justo ou injusto: DEUS!

Acho, que poderia ter feito mais

Mas, não quero, nem pretendo desistir do que me foi designado

Se sou boa ou ruim.

Isto não importa,

O que me interessa é acreditar que no orgulho do Juiz

Há o véu da Justiça

Que não se rasgará...

Vou continuar...