Quando eu estiver prestes a partir...

Quando eu não for mais capaz de fazer tantas coisas como sou capaz de fazer agora, quero poder fechar meus olhos e me lembrar de como foi bom o que senti quando voei, dancei, pulei, nadei, amei, sofri, perdoei, perdi e ganhei... Enfim, todos os feitos os quais me tornaram quem eu sou hoje e quem me tornarei daqui até o fim!

Certamente, não terei sido alguém que administrou distâncias... Se for para estar, que estejamos juntos! Sempre foi assim... Não terei sido um espírito mais ou menos, ah isso jamais!

Quando tudo estiver passado, a vida confirmará, assim como é hoje, que fiz a coisa certa: tudo o que tive vontade, tudo que me desafiou e que não “deixei passar...” As melhores decisões foram todas aquelas que tomei ao longo de cada um dos meus dias. Nada, nada mesmo eu faria diferente!

Terei a certeza de que tudo que vivi foi pelo tempo que deveria ser, e nada do que rompeu com minha paz perdurou por muito tempo em minha vida... Trabalho árduo é livrar-se dos sofrimentos que nos surpreendem de muitas formas durante a nossa existência: tão longa e tão breve!

Vivo de forma “inteira” cada dia a mim reservado, para garantir que não me faltem “pedaços” importantes de lembranças no futuro. Desejo me lembrar da paz, que, insistentemente ousei buscar, principalmente nos meus dias mais difíceis... Tantos anos se passam em míseros segundos pela nossa memória, quando nos colocamos a nos recordar.

De todos os dias e momentos por mim vividos o melhor deles continuará a ser aquele que estarei vivendo naquele exato instante, sempre! Porque não sabemos se o próximo nos será permitido...

Andréia Innocenti
Enviado por Andréia Innocenti em 20/08/2019
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