ARBÍTRIO
Que finalidade ou motivo a parte representa no ato com o qual ela é participante?
A variedade de fatores emotivos que afetam nosso raciocínio de maneira sutil e conformam nossa apreciação moral, às vezes, causam repulsa à sensibilidade equilibrada, pela simples tendência do imediatismo impensado moldar a nossa crença, diante da narrativa exposta, independentemente de termos boas evidências causais.
É possível, que a nossa própria aversão pelas coisas sobre as quais discordamos, seja motivada pela sensação subjacente de um reflexo inaceitável de nós mesmos dotados de propensões semelhantes, nos motivando a repugnar, instintivamente, certas categorias de visões morais, interferindo com o princípio geral orientador para a tomada de juízos específicos que fornecem justificação.
Às vezes, a alegação moral singular não pode ser defendida, ao contrário dos fatos empíricos, carecendo de um tipo diferente de evidência para apoiar uma reclamação moral, requerendo algum princípio abrangente do raciocínio moral invariável em situações semelhantes, usando uma regra utilitária para determinar o que é certo ou errado guiado pelo resultado do ato.
A razão pode ser uma cilada. Contudo, agimos baseados na profunda motivação de crer em certas coisas que julgamos verdadeiras e desobrigadas de justificações fundamentadas em conceitos, e ajuntamos indícios na conformação de uma razão, por ser retoricamente eficaz e significativo, pois, é auto-evidente que certas coisas são erradas por causarem prejuízos e danos para todos.
A nossa motivação para avaliar e corrigir um suposto fato se origina do choque causado por algo que contradiz uma visão nossa do que é certo ou errado, e agimos para afirmar o que consideramos ser a normalidade. Porém, o método da reflexão pode errar devido à pluralidade de implicâncias, como a obliquidade de comprovação.
Em várias circunstâncias, a racionalidade pode mudar as crenças morais, ou, as emoções influenciarem o arbítrio moral. Entretanto, defender nossas crenças morais, não representa suprimir a nossa capacidade de raciocinar, mas, é buscar uma base direcional, tanto no âmbito das apreciações sociais quanto no domínio das avaliações morais. Pelo menos, podemos dizer que a racionalidade mostra as inconsistências e a estupidez das pessoas, sejam elas liberais, ou conservadoras.