Seria esta a maior prova da existência de Deus?
Para se entender a lógica que segui para fazer a pergunta do título deste texto, é necessário que ele seja lido por inteiro. Se for usado o método do “não li e não gostei”, qualquer afirmação contrária obviamente não terá validade.
Por outro lado, agradeço quem fornecer algum subsídio para fortalecer ou rebater meus argumentos.
Inicialmente, vejamos os parágrafos seguintes, copiados da Wikipédia, com parte da descrição de linguagem de programação, DNA e código genético.
Linguagem de programação
“A linguagem de programação é um método padronizado para comunicar instruções para um computador. É um conjunto de regras sintáticas e semânticas usadas para definir um programa de computador. Permite que um programador especifique precisamente sobre quais dados um computador vai atuar, como estes dados serão armazenados ou transmitidos e quais ações devem ser tomadas sob várias circunstâncias. Linguagens de programação podem ser usadas para expressar algoritmos com precisão.
O conjunto de palavras (lexemas classificados em tokens), compostos de acordo com essas regras, constituem o código fonte de um software. Esse código fonte é depois traduzido para código de máquina, que é executado pelo microprocessador.”.
DNA
“Do ponto de vista químico, o ADN é um longo polímero de unidades simples (monômeros) de nucleotídeos, cuja cadeia principal é formada por moléculas de açúcares e fosfato intercalados unidos por ligações fosfodiéster. Ligada à molécula de açúcar está uma de quatro bases nitrogenadas. A sequência de bases ao longo da molécula de ADN constitui a informação genética. A leitura destas sequências é feita por intermédio do código genético, que especifica a sequência linear dos aminoácidos das proteínas. A tradução é feita por um ARN mensageiro que copia parte da cadeia de ADN por um processo chamado transcrição e posteriormente a informação contida neste é "traduzida" em proteínas pela tradução.”.
Código genético
“Código genético é a relação entre a sequência de bases no DNA e a sequência correspondente de aminoácidos, na proteína. Ele é equivalente a uma língua e é constituído basicamente por um dicionário de palavras, a tabela do código genético, e por uma gramática, correspondente às propriedades do código, que estabelece como a mensagem codificada no material genético é traduzida em uma sequência de aminoácidos na cadeia polipeptídica.
O código genético forma os modelos hereditários dos seres vivos. É nele que está toda a informação que rege a sequência dos aminoácidos codificada pelo encadeamento de nucleotídeos.”.
Se compararmos a essência da descrição de “linguagem de programação” com “DNA e código genético”, veremos que ela é idêntica.
Um código é uma sequência de informações escritas por alguém para que outro alguém ou algo (um computador) execute uma tarefa.
Pelo que chamarei de “minha lógica”, pois qualquer “lógica” a princípio pode ser contestada, é impossível se imaginar a existência de um código tão minucioso e com finalidade bem específica, como os descritos acima, sem associá-lo a um “programador” que tinha um propósito muito bem definido.
Dessa forma, a evolução das espécies, que seria um processo autônomo, sem a intervenção divina segundo seus defensores, na verdade funciona como se fosse um computador.
O computador, através de programas, apenas respondem a “estímulos” externos, ou seja, ele faz o que nós pedimos a ele para fazer.
Então, a evolução das espécies seria nada mais do que a programação dos seres vivos respondendo a “requisições” do meio ambiente.
Fica evidente que na “programação” feita para todos os seres vivos, a do Homem previu que ele teria relativamente poucas modificações físicas, mas teria uma resposta muito maior do que os outros animais a estímulos ligados ao raciocínio, o que o levou a ser chamado de “animal racional”.
Podemos deduzir daí também que além de simplesmente “viver”, nos foi designado um propósito para o qual dependemos de nossa capacidade de raciocinar.
Aí caberia o chamado “livre arbítrio”, onde escolhemos seguir nossos instintos, o que nos aproxima dos outros animais ou “fazer a diferença”, o que nos levaria a cumprir uma missão que não está perfeitamente clara, mas que, de acordo com a sensibilidade de cada um, sabemos que existe.
Minha intenção não é reforçar a tese de conciliação entre ciência e religião defendida pelo geneticista Francis Sellers Collins, que foi diretor do Projeto Genoma Humano e nem repetir os argumentos dos que defendem a tese do “designer inteligente” ou evolucionismo teísta, mas através do raciocínio puro e simples, atributo este que está codificado no DNA, tentar mostrar a existência de uma Mente Superior de uma forma totalmente desvinculada das religiões.
Sendo assim, o verdadeiro “Livro Sagrado” está guardado dentro de nossas células e apesar de poucos terem a oportunidade de lê-lo, todos os seres vivos da Terra têm que segui-lo.