Adeus ou até logo ?
Hoje eu li o meu texto anterior e senti um misto de tantas coisas, mas a principal delas foi a sensação de não me reconhecer. Falei do nosso término naquelas linhas com tanta tristeza e dor que sequer parece a mesma autora deste aqui.
Sim, consigo me lembrar do dia que escrevi aquelas palavras e o quanto tudo conseguia doer dentro de mim e ao mesmo tempo. Até meus órgãos estavam doloridos e tudo parecia ser o fim.
Mas não era o fim. Nem meu, nem nosso!
Pois é, tanta coisa veio depois, que parece já terem se passado muitos meses. As vezes parece que se passaram anos desde que te encontrei. Das coisas que aconteceram, tantas foram boas e tantas foram ruins, que sinto que amadurecemos muito desde aquele texto até aqui.
Tantos conhecimentos e verdades que vieram a tona e machucaram. Mas também tantas verdades vieram para nos socorrer de vivermos nas amarras das mentiras por não sabermos como sair.
Até mesmo as coisas ruins conseguiram ser positivas. E isso me faz feliz.
Agora, escrevendo novamente, mas dessa vez com a cabeça no lugar, vejo que os amores nem sempre são eternos. As vezes eles duram a vida toda, mas as vezes eles são breves. Qual dos dois será esse o nosso caso ¿ Não sei dizer. O que eu sei é que podemos perder quem amamos todos os dias. É um risco diário e constante que a gente aceita correr.
Podemos perder quem amamos para a vida, para a morte, para as escolhas que ela virá a fazer ou para os sonhos que ela tem e do qual não fazemos parte. A gente não pode prender ninguém a nós. Nem devemos, ou machucaremos a ambos.
Ninguém tem o poder de criar o sentimento no outro. Sequer temos o direito de fazermos isso. Afinal, o livre arbítrio está aí para ser respeitado não é mesmo ¿!. Desculpa se não respeitei antes, mas respeito agora.
Respeito que vá, por isso fui.
Sim, você está certo. Dessa vez eu fui embora. Por impulso ou por tristeza ? Não sei, mas você esta certo: eu fui.
Hoje entendo que é preciso viver dentro da reciprocidade. Essa palavra legal que tem bombado horrores no facebook e que eu não entendia nadica de nada. Hoje eu entendo. Que louco isso né ¿! Mas que incrível o conhecimento que poucos dias podem trazer e nos fazer crescer.
Hoje eu sei que amar alguém não está relacionado ao tempo que esse amor irá durar, mas sim a intensidade na qual a relação é vivida. E se tem uma coisa que fomos, essa coisa é intensa. A gente se jogou de cabeça e foi.
Acabei aprendendo que nem tudo é perda, as vezes é ganho.
Não, eu não estou ganhando nada com o término. Esse não é um texto com a intenção de alfinetar você ou de expor uma felicidade repentina pós término.
Não estou feliz agora. Não mesmo!
Nesse momento estou bem triste e com várias perguntas sem respostas na minha cabeça. Ao mesmo tempo em que também tenho várias respostas sem perguntas brotando aqui.
No entanto, ainda que o final não seja da forma como gostaríamos que fosse, tivemos muita sorte em termos nos encontrado nessa vida. Ou seja, isso é um ganho.
Ganhamos também ao dividirmos a vida por esses meses. Ganhamos tempo juntos. Ganhamos risadas. Ganhamos carinho. Ganhamos filmes e pipocas. Ganhamos pão na chapa. Ganhamos uma relação na qual tivemos a oportunidade de trocarmos tanta coisa boa. Tanta coisa aprendemos juntos e tantas outras coisas aprendemos um com o outro, que no fim, tivemos muito mais ganhos do que perda.
Perdemos também, é claro.
Mas me tornei alguém otimista do seu lado. Prefiro pensar nas coisas que ganhamos.
No fim, voltamos ao começo. Onde ambos estão buscando entender os caminhos que estão trilhando. Porém, com muito mais sabedoria e bagagem.
Não sei o que o futuro reserva para nós, mas estou grata ao passado. Embora tenha marcas dolorosas, também tenho lembranças lindas e elas fizeram tudo valer.
Obrigada por ter feito parte da minha vida. Que sejamos felizes. Juntos ou não. Que sejamos quem almejamos ser.
Obrigada por tudo. Amo você e nossa história.
Adeus
Ou até logo ¿
Sei la garoto Rexona, deixa esse destino louco surpreender a gente.