Sinais
Às vezes nos pegamos a devanear sobre os sinais. Eles são como borboletas, você não os chama, tampouco os enxota. Eles estão presentes, eles estão presentes. Estão na sua frente a saracotear num voo errático e talvez consigam ter a sua atenção, talvez não.
Você pode não identificá-los, pois sempre foram tantos durante a sua existência que mais alguns ou menos alguns podem lhe ser imperceptíveis. Mas ali estão: presentes, presentes. Caberá a cada um atentar para os seus voos e, mais importante, muito mais, sabê-los ler. Então poderemos perceber os formatos.
Saber ler os sinais – flashes que podem compor qualquer matiz – talvez seja um novo estado de consciência que, em alguma circunstância, até nos pode entristecer, mas afastará o sofrimento. Por outro lado, pode mostrar a porta que emociona e alegra e que, sem a sua leitura, nunca nos seria aberta.
E tudo pode ser tão lindo, em qualquer sentido. O essencial seria não olhar com pessimismo e nem com falso conformismo. Interpretar é a melhor figura que se possa entender. É o que é; e assim são permitidos os passos a seguir.
O balé das borboletas emerge a nos mostrar o que perdemos e o que ganhamos.