O USO DA TECNOLOGIA COMO SUPORTE NA APRENDIZAGEM
A alfabetização é um tema bastante recorrente e controverso, tanto junto aos estudos e pesquisas educacionais, quanto no dia a dia escolar, pois é um assunto capaz de gerar muitas polêmicas sobre qual seria a melhor forma de construir este processo educativo. Deste modo, atualmente uma das maneiras que vem revolucionando o processo de alfabetização é a introdução de recursos tecnológicos computacionais em sala de aula, fazendo com que sejam parte ativa do processo de ensino / aprendizagem.
Neste contexto, é importante salientar que os alunos se constituem como uma geração de “nativos digitais”, pois já nascem inseridos no uso de diversas tecnologias. Assim, estes alunos se diferenciam de seus pais e professores na medida em que eles podem ser caracterizados como “imigrantes digitais”, pois o uso do computador e outros recursos midiáticos foi realizado durante a vida. Com base nestes conceitos de “nativos” e “imigrantes digitais”, é que verifica-se que o processo de ensino a partir da inserção de novas tecnologias fica extremamente complexo, visto que existe um choque de percepções pelo fato de professores e alunos terem um processo de socialização com os meios midiáticos bastante diferenciados.
Cabe aqui ressaltar que a alfabetização é um processo de decodificação e codificação de imagens e sons, que tem como principal objetivo tornar o aluno capaz de ler e escrever a partir do pressuposto de sua realidade social. Por este motivo, é que se dá a importância de ensinar baseando-se na vivência do aluno. Portanto, no atual quadro educacional não existe mais espaço para atividades descontextualizadas, como os exercícios de repetições “Vavá é a vaca do Davi”, que acabam não despertando o interesse de parte dos alunos da Zona Urbana, que talvez nunca tenham visto uma vaca na vida.
Erros como esse que acabam impactando negativamente o processo de alfabetização e repercutindo diretamente sobre as formas de fracasso escolar. Assim, o fracasso escolar é caracterizado por uma série de fatores desestimulantes, mas na maioria das vezes o aluno é julgado sem pressupostos e estudos comprovadores, sendo informado que o discente é portador de alguma deficiência de aprendizagem ou até mesmo pela falta de estímulo em casa. Mas será que o professor já fez uma reflexão da sua prática? E essa prática envolve ativamente o aluno? Como é utilizada a dinâmica de estudos?