Morre, mata!
O título parece sobre eu querer que a mata morra! Jamais! Mas é tão sério e forte quanto. Muitos sentimentos morrem e tantos outros a gente mata. Sou adepta á preferir que eles morram, mas de um tempo pra cá eu cometi muitos assassinatos, confesso!
Entre matar e morrer, eu sempre disse que prefiro morrer. Não saberia conviver sabendo que matei alguém. Mas um sentimento, ou vários, ah, esses aprendi a matar. Entre eles morrerem ou eu, melhor eles.
Tirar de dentro de nós aquilo que não nos faz bem não é uma tarefa fácil, nem para amadores. Há de se ter muita maturidade pra isso. E eu aprendi na dura prática do sofrimento que quanto mais deixamos viver em nós algum sentimento que não nos faz bem, mais a gente vai morrendo aos poucos. E pasmem, descobri que mesmo o melhor dos sentimentos pode nos fazer morrer. Morrer aos poucos de amor, um amor que criamos e que nunca se concretizou, algo que imaginamos, mas que nunca nunca nunquinha vivemos...coisa de doido ne?! Não, só amor mesmo, platônico, não correspondido, ele tem tantos apelidos, mas é o amor. Até ele pode nos fazer mal, sim!
Morrer de amor e continuar vivendo e descobrindo que há outras tantas opções por aí...tantas! Tantas para amar e para depois querer morrer de amor novamente.
Matemos os sentimentos não correspondidos, os abafados no peito que não foram capazes de explodir em realidade, os que nos fizeram mal, os que nos fizeram menores, os que nos fizeram piores, os que nos fizeram deixar alguém pior, matemos!
Deixemos viver os que nos trazem paz, felicidade, cuidado, franqueza, leveza... deixemos aqueles que nos fazem querer ser melhores.
E eu posso até morrer de amor muitas vezes nessa vida, mas saberei que em todas elas fiz o meu melhor, tão melhor a ponto de poder reiniciar sem angústias, sem medo, sem travas. Começar do zero, como um coração pirata. Desbravar cada sentimento, cada momento. Matar sentimentos ruins, cultivar os bons, nascer para a vida, renascer para o amor, quantas vezes preciso for!