Felicidade

Certa vez, alguém me perguntou o que é felicidade. Respondi que a definição não seria tão simples, mas procurei resumi-la em algumas palavras e eis a minha resposta:

Felicidade é olhar para trás e ver que somos todos vencedores, ou seja, orgulhar-nos das nossas singelas conquistas, quando realizadas com trabalho, honestidade, dedicação e sem a necessidade de ter "pisado" na cabeça dos outros para se subir um único degrau a mais da escada da vida.

Felicidade é chegar cansado em casa, após uma dia desgastante de trabalho, sentir-se acolhido em seu lar e receber um caloroso abraço dos seus filhos/as; caso não os tenha, pense em seus pais, mas só o fato de ter um lar para dormir já seria motivo para ser feliz. Falando em dormir, ser feliz também é dormir com a consciência leve (em cada sagrado dia de nossas vidas), satisfeitos com o que temos e com o que somos.

Felicidade é ter muitos amigos, valorizar a todos eles, mas entender que poucos estarão ao nosso lado nos momentos mais difíceis de nossas vidas (sem ter que fazer disso um drama).

É ser um "guerreiro/a da paz", ter o discernimento para perceber que "luta de causa" e "violência" são coisas bem distintas (seja a violência verbal ou física), vale lembrar que somos exemplos aos que se espelham em nós.

Felizes são aquele que reconhecem os seus próprios defeitos, orgulhos, preconceitos, mágoas, rancores e tentam corrigi-los para que se tornem uma pessoas melhores em sua caminhada. Uma sábia reflexão de Buda já nos dizia: "Guardar raiva é como segurar um carvão em brasa com a intenção de atirá-lo em alguém; certamente, você será o primeiro a se queimar".

Costumo dizer aos mais próximos de mim: "Sabe onde o calo aperta quem faz sua própria caminhada". Os desafios estão aí, bem ao nosso redor: no trabalho, entre amigos e, principalmente, dentro de nossas próprias famílias. Eles testam, incansavelmente, a nossa impaciência e intolerância, o tempo todo, até o momento em que chega aquela hora que perdemos o controle e "chutamos o pau da barraca"; depois, inevitavelmente, surge-nos aquela voz da consciência: "Hellooo!?... Você está fazendo isso outra vez?!". É aquela hora em que não adianta fingir que "não está nem aí", porque quando o peso da consciência bate na gente, meu amigo/a, ele bate bem forte. Portanto a felicidade pode ser uma mera questão de escolha. Prefira sempre ter paz a ter razão (sem bancar o bobo). Muitas vezes somos "infelizes" porque não aceitamos as coisas como elas são, ou o mundo como é, mas dificilmente (talvez por orgulho ou por prepotência) percebemos que a grande mudança começa por nós mesmos; quem sabe, depois disso, possamos contribuir para um mundo melhor e conquistar a felicidade que tanto almejamos.

Edilson Neres
Enviado por Edilson Neres em 04/08/2019
Reeditado em 30/07/2023
Código do texto: T6711936
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