do improvável
Infinito é o poder da noite, nela encontram –se as mentes, inconscientes e nós próprios às profundezas do nosso. Os sonhos nos permitem transitar entre os mundos, nele inexiste temporalidade. Entregue ao céu destas profundezas a mente viaja. Aos devaneios entregues em vigília podemos percorre nossos desejos mais secretos. Dormir bem e bem sonhar é uma arte que poucos dominam e, ou perseguem.
Na Poética e a toda escrita o mais relevante é a ficção, a oportunidade do material onírico manifestar-se. Ou seja, escritores e poetas valem-se deste recurso que alguns chamam de imaginação. Como distinguir o profético da criação literária. Os antigos valiam-se das mensagens proféticas, dos viajantes no imponderável. Criar é ir além do tangível do possível...
Há sonhadores em todos os tempos da história. Criadores de realidades impensáveis com a mente consciente. Atualmente carecemos de perscrutar os “vazios” e, de valorizá-los. O vazio criador e temido e com toda espécie de artifícios preenchidos.
Permitir-se alçar-se além de si mesmo e dos aparentes obstáculos é aquilo que denominamos “ liberdade”.
Quando conhecemos um pouco das filosofias orientais começamos a entender este processo de depuração da racionalidade excessiva. No ocidente Sigmundo Freud foi precursor de apontar-nos este enigma através da psicanálise. Anterior ao “verbo” era silêncio absoluto. Silêncio este ainda temido. Quando nos falta palavras para descrever os estados d´alma recorremos à ferramentas mais rudimentares como as demais artes de representação, as artes visuais. Toda e qualquer obra pode ser interpretada consoante seu observador. Tudo que nos rodeia, envolve, absolutamente tudo são representações de nossas interpretações, sonhos e imaginação, eis que surge a pergunta o que é real? O que é a verdade? O que é o possível?