O dia em que fui corajosa
O dia em que fui corajosa
Não sei se tenho saudades
Ou se fico a temer
Mas, no dia em que fui corajosa
Muita coisa fiz
Que hoje tremo só de pensar
Em fazer
Coisas como falar somente
O que manda meu coração
Sem medo, sem freios
Sem tantos julgamentos
Temer
Viajar de mochilão
Sem destino
Só na minha companhia e de Deus...
E somente no meu taco
Crer
Tatuar em mim uma borboleta
Afinal, ela que vive em mim
Ansiando por uma liberdade
Tão contida, tão reprimida...
Querendo tantas correntes, como o medo...
Romper
Sim, uma coragem que ansiava
Por justiça
E, sim, efetivamente brigava
Por qualquer injustiça que ficava a perceber
Sim, tudo isso e algo mais
Fiz nos meus momentos de coragem
Que, hoje, em raros momentos
Me acompanha
Ao menos, quando poesias fico a escrever
Mas, se percebo um excesso de coragem
Capaz de agredir, machucar, lesionar
A mim mesma
E a quem quer que seja, sobretudo, se quer me ajudar
Hummm, se precisar,
Eu me isolo em mim mesma
E espero a tempestade passar
Sem que eu fique a pessoa que sou... perder