SOBRE O DEVIR COTIDIANO
“Aqueles que falam de revolução e de luta de classes sem se referir à vida cotidiana, sem compreender aquilo que há de subversivo no amor, de positivo na recusa do constrangimento, estes carregam na boca um cadáver.”
Raoul Vaneigem
A coerência do mundo é obra do cotidiano. Através das pequenas coisas do dia a dia a vida se inventa como uma complexa rede de integração de corpos diversos que se movem em simetrias, oposições e composições.
Recusamos uma definição do cotidiano como habito, como sinônimo de senso comum. O cotidiano é antes de tudo o espaço das vivencias imediatas na duração do instantâneo.
Ele é feito de um único instante que se desdobra em infinitas variações de si mesmo. O que faz o instante devir é o movimento dos corpos e suas múltiplas composições e recomposições.
tempo é extensão e duração.
A natureza é movimento e diversidade,
movimento e afecções