Abro o coração
Não.
Sinto que não estou preparada, ainda, para reviver algumas incertezas.
Gastar horas, pensando no que pode vir ou não a ser.
Sinto isso.
Mas, a paixão vem de dentro para fora em mim.
Eu sou o sentimento.
Quando vejo, já me abri para aquela possibilidade.
E, nessas buscas pelo que me torno, enxergo isso positivamente.
Ser totalmente pé no chão nunca foi o meu forte, prefiro a fantasia, a imaginação.
O irreal me atrai.
Já estive desconsolada, afoita e perdida em desilusões, contudo me recompus no intuito de voltar a sonhar.
A voar.
E o fiz.
A questão é não me sentir mais tão confortável assim, ter facilidade em encarar possível decepção.
Muitas vezes, o coração cansa.
A gente se exaure e quer abdicar a sensação, os instantes, a história.
Em muito, o estado fala.
O meu corpo e meu peito gritam.
Eu não sei.
É como se tudo fosse automático e, depois, me percebo ali.
Sem entender, ou escolhendo não absorver.
Tenho vontade de parar, ao passo que não é o desejado.
Nunca soube lidar com certos dilemas.
No todo, a calma é parceira e me dá tempo de respirar: um dia de cada vez.