Minorias modistas
Tem algo errado com a humanidade que precisa mudar urgentemente. É absurdo, verdadeiro contrassenso, que minorias, quaisquer que sejam elas, ditem regras e comportamentos sociais - repercutindo no mundo jurídico como se fossem a realidade coletiva preponderante. É inadmissível o nível de intolerância e a quantidade de subterfúgios que se criam para calar as maiorias. É anacrônico exigir que paguemos apenas as dívidas pretéritas, sem direito às valorosas heranças ancestrais que nos trouxeram até aqui. Por que devemos assumir o fardo de pagar apenas os erros do passado? Não podemos carregar, ad aeternum, a pecha de sectários, preconceituosos, intolerantes, meramente alicerçados em discursos prontos e modismos fajutas. Nas relações históricas, quem deve pagar dívida é quem a criou. Somos cidadãos do presente - chega de pagar contas por termos nascidos com determinada cor ou em razão de nossas opções pessoais. Está na hora de tratarmos gente como gente e de entendermos que há limites para todas as idiossincrasias hipócritas. Sinta-se o que quiser, mas não use o amor como moeda universal que justifique toda insanidade individual. Afinal, jamais, pelo princípio da alteridade, poderemos ver o outro dentro da subjetividade que o limita. Independente daquilo que você se sente ou pensa que é, acredite: o que predomina em cada um de nós é a essência de humanidade que estamos perdendo, lamentavelmente. Portanto, se minorias se exasperam, temendo o avanço da onda de mudança, que esperneiem nos antros insignificantes da sua mediocridade, sem interferir na liberdade que temos de pensar diferente.