Minorias modistas

Tem algo errado com a humanidade que precisa mudar urgentemente. É absurdo, verdadeiro contrassenso, que minorias, quaisquer que sejam elas, ditem regras e comportamentos sociais - repercutindo no mundo jurídico como se fossem a realidade coletiva preponderante. É inadmissível o nível de intolerância e a quantidade de subterfúgios que se criam para calar as maiorias. É anacrônico exigir que paguemos apenas as dívidas pretéritas, sem direito às valorosas heranças ancestrais que nos trouxeram até aqui. Por que devemos assumir o fardo de pagar apenas os erros do passado? Não podemos carregar, ad aeternum, a pecha de sectários, preconceituosos, intolerantes, meramente alicerçados em discursos prontos e modismos fajutas. Nas relações históricas, quem deve pagar dívida é quem a criou. Somos cidadãos do presente - chega de pagar contas por termos nascidos com determinada cor ou em razão de nossas opções pessoais. Está na hora de tratarmos gente como gente e de entendermos que há limites para todas as idiossincrasias hipócritas. Sinta-se o que quiser, mas não use o amor como moeda universal que justifique toda insanidade individual. Afinal, jamais, pelo princípio da alteridade, poderemos ver o outro dentro da subjetividade que o limita. Independente daquilo que você se sente ou pensa que é, acredite: o que predomina em cada um de nós é a essência de humanidade que estamos perdendo, lamentavelmente. Portanto, se minorias se exasperam, temendo o avanço da onda de mudança, que esperneiem nos antros insignificantes da sua mediocridade, sem interferir na liberdade que temos de pensar diferente.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 18/07/2019
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