MORTE: inês

Prevejo,

Só prevejo

Que haverá nuvens de amor ...

E névoas de morte

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"Existes, linda Inês, repercutida ..."

Arma de amar ... Mortalmente ...

A sem-razão de estado ontem e hoje

Produziu, produz produtos cadavéricos:

Lei de morte, fedorenta ley de muerte.

E os nobres portugueses,

Os nobres castelhanos

Cavaleiros, cavalleros menos nobres

Que os nobres brutos, seus cavalos /

Cavallos ... Do outro lado, amante e mortiça

"Inês da terra. Inês do céu. Inês."

Só Inês e a garça do seu colo

E a beleza irresistível e imaculada

No trono que a Morte, formosa, preparou

À beleza divina, reflexo e espelho

Da beleza materna e sangrante, galega

De Inês, virgem mãe afinal maculada.