Armaggedom

Que odisseia detestável, tão vil e desconcertante

que padece em ti, mundo abominável!!

Um assombro temível, insensível,

uma tenebrosa e encarcerante discórdia

que te alcança a alma e te pasma o espírito deambulado, doente, cru...

Que contemplação ridícula de um contágio absurdo

que nasce nessa paz instável!!

Surge como uma reflexão enigmática e consciente,

uma paixão em exílio, bolorenta,

que se torna numa ressurreição fria,

ultrajada por um extenso universo podre...

Não há purificação, válida honra,

só uma alternância hostil de uma falsa escritura.

Uma irracionalidade,

uma indolência de minuciosos passos voluntários de um karma.

Uma força interminável que não abstenho de combater em vão...

Joguete do destino!

E trago comigo uma oscilação de Amor/Ódio,

carnívora, alegadamente sã,

onde sinto que me tenho em constante embriaguez,

como o presságio de um fim próximo.

E num esconjuro brutal, esmero-me de alma inteira

por uma única, rara salvação.