A vida ensina, é excelente professora!
A vida ensina que o dia é para ser amado, celebrado em sua totalidade, que há tanta beleza na profundidade do céu e suas estrelas, na lua imensa... A vida calibra e, com o tempo, as guerras vão ficando de lado porque é preferível gastar as horas celebrando cada minuto que se tem. Com o tempo a gente aprende a esvaziar a mente de tantas tensões.
A vida ensina o valor das palavras e a potência que elas possuem para mudar os humores. Palavras entoadas dentro da mente são capazes de transformar direções e paisagens. Para melhor ou para pior.
A vida ensina o desapego e a sua importância, porque tudo é transitório. Panta rei! O apego exagerado alimenta a ilusão e o sofrimento. É com o tempo que aprendemos que cada segundo é um caminho que já passamos - e de que maneira? Podemos desejar muitas coisas mas nenhuma delas será mais importante que o aqui e agora.
Com e tempo eu tenho aprendido a fluir, abrindo mão de muitas bobagens e pensamentos tóxicos.
Tenho aprendido ainda mais com as histórias que meu amigo Dott me conta, ele é neurologista e, sempre à beira da vida e da morte em seus atendimentos, tem pautado ainda mais a importância do agora. São muitas as pessoas que em seu leito se morte ou diante de uma difícil doença, sentem-se sufocadas por arrependimentos, relações depredadas pela vaidade, mágoa , orgulho... Pessoas que se deram conta do tanto tempo em que se permitiram tomar e envenenar por tantas bobagens, muitas delas - nascidas de seus próprios pensamentos. Ele me conta também das passagens felizes, dos reencontros, dos perdões, dos abraços e do caminho feito em paz. E de muitas dessas pessoas que só foram se dar conta da importância do agora quando já era tarde demais. Me contou de um paciente que havia discutido feio com um filho por bobagem e depois de tanta troca de ofensas, não teve mais a oportunidade de falar com o filho por conta de um acidente. E assim vai em cada história parecida que, diante de almas cansadas, o caos se instala. E isso aponta para a importância de se fazer as pazes com a vida, consigo e as pessoas. O pior veneno é a mágoa. É preciso deixar fluir, ir, passar para que a mente e o coração consigam enxergar com clareza. O tombo não veio para tornar o peito insensível, apenas para ensinar que mudanças acontecem e fazem parte da vida.
Estar em paz até mesmo com as próprias cicatrizes é olhar para trás e reconhecer todo o esforço da jornada (o que possibilita enxergar à sua frente um horizonte vasto). Voltar é impossível, no muito a gente revive memórias, mas nada nunca será como antes. Mas nada desaparece, torna-se, transforma-se. E muitas vezes para melhor...
Todo dia vamos tomando conhecimento do nosso próprio eu e do perigo de um ego doente e triste. E a importância de se estar atento a isso.
Todo dia é dia de recomeçar e agradecer! Rever as reclamações e se, de fato, elas merecem tanta atenção diante de tanto sofrimento que observamos no mundo.
Se mais um dia surgiu diante de você, então ainda dá tempo! Faça o melhor que puder do seu dia. Liberte-se de suas dependências e escravidões... principalmente das mentais. Transite pelo ego mas não se torne refém dele. E, principalmente, faça as pazes com você .
Tagarelei, ah! Mas sob um sol lindo... há causas infinitas para nos sentirmos gratos!