DIVAGAÇÕES
A nossa vida é como o mar
De de altas e baixas marés,
Num vaivém sem parar;
E nessa constante ebulição
É preciso ter fé e imaginação,
Para que nossa frágil barqueta
Não venha a soçobrar.
Não, não é fatalidade, o não ser,
Ou o crer, ou o não crer;
Se nos foi dada a livre arbitrariedade
Pelo Criador,
Cada um tem, pois, a liberdade
De acreditar no que quiser.
Todos tem o seu direito
Às suas próprias opiniões,
(Assim rezemos);
Ainda que nós outros
Nem sempre lhes demos
Razão, às sua razões.
O mundo é uma bola
Que rebola,
E a cada volta que dá
Muda a face das coisas.
Leve sempre isso em conta,
Não venha a acontecer
Você arremeter,
E fazer golo contra.