NAQUELE OLHAR
NAQUELE OLHAR
Naquele olhar matutino, principiava uma fonte de vida… um mundo virtuoso, genuíno e harmonioso.
Naquele olhar… eu deparava-me com uma vereda secreta que dava num rancho de madeira, cercado de uma verde-grama. Na frente… um imenso lago azul movia-se mansamente, em sintonia com as árvores e palmeiras que concebiam uma aprazível paisagem; com múltiplos tons de verde. De lá... ouvia-se a nobre sinfonia dos pássaros.
No fim do dia, após a rega do vasto jardim multicolor, surgia um aprazível cheiro de terra molhada misturado ao aroma de mel, certamente... vindo dos alissos. Algumas vezes, a amena brisa fazia carícias com cheiro das gardênias… noutras vezes, das lavandas.
No meio do nada e cercada de tudo, construia-se uma efêmera eternidade, norteada por sóis e luas.
Naquela manhã… paralelo às fronteiras da lucidez, encontrei medos e hesitações.
Sim… perdi-me daquele olhar!
Mas… se por sorte ou providência, outra vez esbarrar-me nele, pedirei que siga!
Siga… e nunca se perca do caminho da casa do lago.