Arbítrio arbitrário

Depois do semáforo, indecisão. Então me bifurco entre burgos absurdos obtusos de escassa gente nas calçadas cercadas por muros Everestianos a proteger faraônicas estruturas desarmônicas que projetam sombras iluminadas.

Guaritas guardam o vazio, passo por elas sob olhares de câmeras suspeitas e suspeito que os verdadeiros suspeitos se deslocam pelo ar numa espécie de fuga legalizada compensada pelo crédito dos bancos suíços de Pandora.

A viatura desacelera e rostos íntegros me desintegram numa ameaça civil. Fico indignado sob tal desígnio diligente. A capacidade de indignar-se é a expressão crua da liberdade, contudo coturnos soturnos carregam uma gaiola sobre as cabeças. Algemas sem estratagemas. Sou conduzido, não conduzo.

Obrigação. Admissão. Culpa. Desculpas. Contexto. Termo. Conduta. Deveres.

Livre.

Então de novo um cidadão. Depois do semáforo, indecisão.