FINGIMENTOS
Em si, não há vida. Não há morte. Não há sequer qualquer tipo de sorte. Eu digo que sinto tanto medo, eu digo que me sinto diferente e peculiar, digo que estou entre os anos de ouro, onde todos acreditam no bem maior, na superioridade, na evolução. Ou desdigo? Certamente que a essa altura... Ora, certamente. Tão incerto. Entrelaçamento quântico. Daqui mexo meu braço esquerdo, de lá o fazem em sentido oposto... Por quanto tempo terei de fingir acreditar no bem maior? Ainda mais... Por quanto tempo irei fingir duvidar? Fingimentos sociais, pretensões legais, atos generosos, verdades, mentiras, dados biométricos e mais uma porção de criação, aqui e acolá. Humanos como os deuses que criaram e mais uma porção de deuses como os humanos que os escupiram. Todos deuses e príncipes. Todos reflexos da impotência sexual e do esoterismo.